Depois que o menino Naamã viajou com Luciano Huck e realizou seu sonho de surfar com Kelly Slater no Hawai, nem ele, nem o Favela Surf Clube foram os mesmos. Aconteceu que o FSC, ong que Naamã frequenta e que resgata jovens do complexo Cantagalo Pavão Pavãozinho através do surfe, foi escolhida para o primeiro Lar Doce Lar Social. Como disse Rogério, que é coordenador do FSC, “ o meu sonho é realizar o sonho deles”. Good vibes, galera!
FSC antes
Em um espaço de mais de 300m2, o desafio fundamental foi de melhorar o acesso, a ventilação e a iluminação que eram muito restritos, criando um ambiente funcional e acolhedor para os jovens.
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FSC depois
A partir daí, a reforma foi pensada para resolver as necessidades já existentes e, principalmente, através da criação de novos espaços, abrir novas possibilidades de trabalho e organização para o Favela Surf Clube.
Pensando assim, optamos pela loja logo na entrada, para que os visitantes possam conhecer a produção FSC e que essa marca seja fortalecida como uma fonte de recurso para a ONG. Foram definidos espaços para o escritório, o auditório, o salão de atividades integradas e a fábrica de pranchas com as salas de funções específicas. Além da cozinha e dos vestiários.
A loja acompanha a estética do surfe, com piso de deck e displays e estantes feitos com o reaproveitamento do cedrinho – que é a madeira utilizada na obra para andaimes e tapumes.
A mesa é montada com cavaletes da Tok e Stok e tampo de vidro cortado no tamanho.
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O corredor, que era aquele túnel escuro, ganhou luz com a abertura de janelas em todas as salas e personalidade com grafite do Acme, artista da comunidade.
Técnicamente, a sala de lixa deve ter as paredes escuras para contrastar com o shape e facilitar o trabalho. Em vez do preto, optamos pelo verde, que causa o contraste necessário, mas não escurece tanto.
A fábrica de pranchas foi distribuída em cinco salas, que se comunicam internamente: lapidação, lixa, resina, pintura e lixa d’água.
A antiga salinha de vídeo deu lugar ao auditório, com arquibancadas de alvenaria, para acomodar mais gente, com mais visibilidade. Do jeito pra receber visitantes da comunidade. A onda é desenho do Bruno Dias, nosso pratinha da casa.
Toda a hidráulica e a elétrica são aparentes, para entrar na estética mais jovem e pra reduzir custos.
A prancha com o morro retratado é mais um obra do Acme.
Favela Surf Clube, logo criado pelo designer Glauco Diogenes.
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O Favela Surf Clube funciona na Rua Saint Romain, 200, no Morro do Cantagalo, Rio de Janeiro. Mais informações, envie um e-mail para favelasurfclube@gmail.com ou fale com o Rogério no (21) 8806-0669 ou com o Thiola no (21) 9774-0042.
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