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salve iemanjá!

Salve, salve  a Rainha do Mar!

“…Quanto nome tem a Rainha do Mar?

Dandalunda, Janaína,
Marabô, Princesa de Aiocá,
Inaê, Sereia, Mucunã,
Maria, Dona Iemanjá…”

Iemanjá Rainha do Mar, de Pedro Amorim e Paulo César Pinheiro, por Maria Bethânia

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notícias: arc design

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Maria Helena Estrada
Uma característica do Marcelo? Não acontece de fazer apenas um trabalho para um novo cliente. Depois do primeiro projeto, este se apaixona e logo surgem outros. Do mais novo restaurante da moda a uma participação de grande audiência na TV Globo, passando por alguns dos mais chiques endereços comerciais de São Paulo, sua cidade, e do Brasil. E o emotivo Rosenbaum de Coração, nome do seu spot diário no programa de rádio Manhã da Globo. Vale um passeio…ou um mergulho em tamanha versatilidade.
As ondas que cortam esse ziguezague de expressões têm a cultura popular brasileira como pano de fundo. Maracatu, Iemanjá, carrocerias de caminhão, a chita e a renda são motivos recriados para louças e revestimentos; o labirinto e a renascença, rendas nordestinas, se transformam em padronagens, da mesa ao sofá. As histórias de Marcelo são assim: um cozinha na Casa Cor teve uma de suas paredes coberta por um papel impresso com o tema labirinto; uma empresa nacional de MDF se interessou em produzir, uma grande cadeia de lojas gostou do novo material e a meada foi se desenrolando…
A realidade efêmera das cenografias, principalmente no SPFW – baú de memórias e caixinhas mágicas de futuros -, são espetáculos que nos enriquecem muito mais do que os próprios desfiles. Parece que o mundo e seus zilhões de símbolos se abrem à disposição do criador. Basta lembrar as concepções do arquiteto para os lounges da Fiat, Oxford, Melissa, Diesel, entre outras marcas de prestígio, que recepcionaram seus convidados em ambientações de uma brasilidade plena de surpresas.
Mas que Rosenbaum realmente sonha é desenhar o móvel popular, barato, durável, na proporção certa para o tamanho das casas… e bonito! Não com os padrões de beleza do “fino e chic”, mas aquelebonito singelo, talvez bem colorido, talvezx cheio de brilho – ou não. Nada de estétic imposta, mas, sim, assimilada. Um móvel capaz de tocar o coração.

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notícia: casa claudia, setembro 08

 

linha brasil para a oxford

MARACATU
“Com seu rico manto bordado, o Caboclo-de-Lança é a figura mais emblemática do Maracatu Rural ou de Baque Solto, da Zona da Mata pernambucana. Encanta pela beleza colorida, óculos escuros, flor entre os dentes. Seu transe é alimentado por quinze dias de abstinência sexual e doses de cachaça com pólvora. É o Guerreiro de Ogum e carrega nas costas, sob a vestimenta sagrada, os chocalhos que marcam o ritmo eufórico da dança entre os versos entoados pelo Mestre.” 

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IEMANJÁ
“Sereia, Princesa do Mar, Janaína, Inaê, Dandalunda, Nossa Senhora das Candeias… É a protetora das viagens e dos amores. O mar é sua eterna morada e para onde leva os amantes. Ela gosta de perfumes, rosas, colares, pentes e tudo o que é elegante e feminino. Sábado é seu dia. Azul e branco, suas cores. Deusa marinha como Afrodite, deu à luz as estrelas, as nuvens e os orixás. De seu ventre nasceram Xangô, Oiá, Ogum, Ossaim, Obaluê e os Ibejis. Ela é mãe. A Mãe D’Água.”

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CARROCERIA DE CAMINHÃO
“Com as carrocerias pintadas de motivos que lembram grafismos indígenas, os caminhões cruzam o Brasil transportando, além de cargas pesadas, vidas cheias de sonhos. São as moradias de homens que, cansados de um amor em cada porto, ao contrário dos marinheiros dos romances e folhetins, agora viajam com toda a família a bordo.Transitam pelas BRs sem endereço fixo e transformam os postos de gasolina em hotéis. Seu verdadeiro luxo: poder amar sobre quatro rodas.”

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CHITA
“Se a cultura popular tivesse um sudário, seria a chita. Tecido ordinário, de algodão, estampado, colorido, traz impresso o jeito simples de viver do Brasil. Veste as donzelas nas festas juninas, alegra os bonecos de Olinda, dá vida à saia do Bumba-Meu-Boi, adocica a virilidade dos cavaleiros do Divino, decora a toalha de mesa, envolve a almofada da renda de bilro, deixa mais feliz o colchão e a colcha da cama do sertão. Diz que veio das Índias, mas seu RG é bem brasileiro.”

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RENDA
“Olê muié rendera, olé muié rendá, tu me ensina a fazê renda, que eu te ensino a namorá…” Os versos que já embalaram tantos amores traduzem a poesia das mãos que fazem a renda Renascença. Tudo começa com o risco dos arabescos. Depois, a trama de linha, como galhos e espinhos da caatinga, une tudo em pontos chamados de abacaxi, besouro, flor,caramujo, arroz, pipoca, balaio, amor… E assim são tecidos os romances sob o ouro da luz da lamparina.”

 
Textos de Jackson Araujo

 

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