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j.borges e a linha caruaru

O mestre gravador J. Borges tem destaque e merecido post especial: além do logo da marca Caruaru, essas são suas xilogravuras que estampam os móveis.

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Leia mais sobre a Linha Caruaru: o convite, a exposição, a trilha, o vídeo, o catálogo, as xilogravuras de J.Borges, o falatório.

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toalhas de plástico rosenbaum de coração

Fazer toalha de plástico é um sonho do Marcelo quase tão anunciado por ele mesmo, quanto desenhar móveis pras Casas Bahia. Essa mesma que você está pensando: a velha, boa e colorida, de um lado plástico e do outro flanelinha; a  toalha do churrascão de domingo, da mesa de jantar da praia, da nossa sala de todo dia. Eis que a Linha PINDORAMA que criamos para a Cipatex,  produto da ROSENBAUM DE CORAÇÃO, está em fase de finalização e logo, logo, vai cobrir mesas de todo o Brasil, nas estampas PAU BRASIL, COCADA e BIRRO.

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Linha PINDORAMA  Pindorama faz homenagem à mistura de riquezas do Brasil, desde o Império, que nos alimentam até hoje de cores e sabores todo dia. Uma linha de estampas desenvolvidas para a toalha de mesa do povo brasileiro – que é de plástico, que tem o doce do coco, a delicadeza da trama e a beleza emblemática da flor do Pau Brasil.

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Estampa PAU BRASIL  Do Pau Brasil ganhamos o nome, abundância e fonte de riqueza por muito tempo. Hoje, infelizmente difícil até de achar, é para sempre fonte inesgotável de significados, símbolo de nossa história, da beleza brasileira que dá flor. A estampa PAU BRASIL trama texturas, bichos e flores em contraste tropical.

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Estampa BIRRO  Chegada pelas mãos dos portugueses, foi pelas mãos ágeis e dedicadas das mulheres e filhas de nossos pescadores, que a renda bilro se espalhou pelo litoral, de norte a sul do país. Apelidou-se birro, só para melhor chamar.  Entrelaça fios para desenhar,  o que se quiser sonhar. A estampa BIRRO compõe e sobrepõe formas de rendas, criando novas formas.

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Estampa COCADA Doce típico da cozinha brasileira, simples de fazer e de se apaixonar. Iguaria disputada já nos tempos da Corte, quando o Rei era sempre o primeiro a ser servido. Hoje nos tabuleiros das baianas – entre acarajés e vatapás, e nas cozinhas brasileiras de todo lugar, adoça nossos reis e rainhas da cocada. A estampa COCADA traz a poesia no traço, de referência nas xilogravuras que ilustram a literatura de cordel.

*

Agora é só uma questão de dias, talvez de um mês, vai. E que todos os nossos sonhos se realizem coloridos assim, de coração!

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as xicas da tok & stok

Linha Xicas é uma homenagem à nossa mascote, a bull terrier Xica do Marcelo, que por muito tempo frequentou o dia-a-dia do escritório Rosenbaum Design. Ganhou a simpatia de clientes e vizinhos. Foi reconhecida na rua e procurada para matérias em revistas. Tornou-se ícone do pensamento do escritório, compondo oficialmente a logomarca.

 Xicas é inspirada no aconchego da casa, com o frescor da estampa camuflada. 

 

 Xicas é uma criação exclusiva Rosenbaum Design para a Tok & Stok, em breve à venda nas lojas com lençois, luvas de cozinha, aventais entre outras peças. 

 

Os lençóis Xicas

 

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As luvas Xicas

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estampa labirinto contada em verso

A estampa Labirinto foi criada a partir da renda Labirinto. Não tem jeito melhor de contar de onde veio esta inspiração, do que emprestar as palavras do poeta José Melancia, mestre da literatura de cordel:

LABIRINTO NA PAREDE:
labLABIRINTO NO CORDEL:

“Dos dados do labirinto
Vou apresentar seu evento
Para quem luta com ele
E não tem conhecimento
É uma indústria falada
Já de tanto movimento

Saibam que o labirinto
É indústria manual
É procedente da renda
Sendo outra original
Inventada por caboclas
Nascidas no litoral

É meu dever apresentar
O seu passado histórico
Ocupando os meus versos
Por esse meio folclórico
Para lerem e cantarem
Num bonito tom sonoro

Precisa elevar o nome
Dessa armadora primeira
Foi uma antiga senhora
Joaquina Cabugar Teixeira
Pois ela está intitulada
De chefa labirenteira

O início do labirinto
Foi precedido da renda
Trocando bislros e espinhos
A almofada era a tenda
Esse produto manual
Era de grande encomenda

A tenda de fazer labirinto
É um tear com os tensos
Joaquina Cabugar um dia
Tentou de fazer uns lenços
Desfiou os quatro cantos
Os trabalhos foram extensos

Terminou aquela obra
A saída foi medonha
Encomendaram um tipo grande
Já com nome de fronha
A obra estava em começo
Mas o povo tinha vergonha

Só tinha que nesse tempo
Era muito larga a maia
Faziam peito de camisa
Também as barras de saia
Não tinha linho nem bramante
Era murim e cambraia

Era uso do começo
Também a ponta de toalha
Era tudo diferente
Para os que hoje trabalham
Se for voltar ao passado
Tem muitos que se atrapalham

Hoje há muita diferença
Daquela época passada
Essa indústria manual
Está no mundo espalhada
Mas saibam que a rainha
É a Canoa Quebrada

Deixamos a Cabugar Teixeira
A antiga veterana
Vinha de origem horlandesa
Mas sendo filha praiana
Na profissão do labirinto
Tem título de sobrana

A indústria foi aumentando
Cada dia com mais valor
Quem faz é quem não tem nada
Só é bom pra o comprador
O fabrico desse nas praias
Em família de pesacador

Tem que trabalha nessa arte
Até quase ficar caduco
Antigamente os balseiros
Que iam a Pernambuco
Comprar paus de jangada
No engenho Joaquim Nabuco

Lá trocavam labirinto
Por esses paus de jangada
Viajavam muitos meses
Com essa madeira embalsada
Esses negociantes eram
Filhos de Canoa Quebrada

Eram uns pobres aventureiros
Iam só lutar com a sorte
A viagem muito arriscada
Não tinham um bom transporte
Em mil novecentos e dezenove
Chegou madeira do norte

Voltamos ao labirinto
Com seu nome vulgar
Colchas e guardanapos
Guarnição toalha de char
E toalha de banquete
Pra quem sabe trabalhar

Tem blusas e toalhinhas
Centro e coleção
Bico de labirinto
Saia branca e aplicação
São esses os nomes vulgares
Que todas feiteiras dão

Agora vamos aos pontos
Que no labirinto tem
Teoria das mais práticas
Quem conhece muito bem
O passado e o presente
Sendo de perto e de além

Precisa de tirar amostra
Com o ramo e bainha
Com meadas e carretel
Conforme a média da linha
Toprceno também enchendo
Fazendo flor e rosinha

Ponto milindro e de cruz
Ponto alegre e cerzido
São esses os detalhes certos
E o ponto mais preferido
Então sobre o labirinto
Está tudo esclarecido

O labirinto é muito bonito
Feito com curiosidade
Já foi inventada a máquina
Mas não teve utlilidade
Essa indústria da pobreza
Se só fosse de riqueza
Custava uma infinidade

Enfim já mostrei ao mundo
De onde veio o labirinto
É uma indústria de pobre
Mas cabe em todo recinto
Essa riqueza é dos praianos
Faz cento e dezesseis anos
Nem foi e nem vai extinto

Quem escreveu esse passado
Foi o José Melancia
Poeta velho e afamado
Na rima e na poesia
Conhece Canoa Quebrada
A sua terra estimada
Desde o alto à maresia”