Arquivo da tag: Chita

notícias: arc design

teste2

teste3

teste4

teste6

Maria Helena Estrada
Uma característica do Marcelo? Não acontece de fazer apenas um trabalho para um novo cliente. Depois do primeiro projeto, este se apaixona e logo surgem outros. Do mais novo restaurante da moda a uma participação de grande audiência na TV Globo, passando por alguns dos mais chiques endereços comerciais de São Paulo, sua cidade, e do Brasil. E o emotivo Rosenbaum de Coração, nome do seu spot diário no programa de rádio Manhã da Globo. Vale um passeio…ou um mergulho em tamanha versatilidade.
As ondas que cortam esse ziguezague de expressões têm a cultura popular brasileira como pano de fundo. Maracatu, Iemanjá, carrocerias de caminhão, a chita e a renda são motivos recriados para louças e revestimentos; o labirinto e a renascença, rendas nordestinas, se transformam em padronagens, da mesa ao sofá. As histórias de Marcelo são assim: um cozinha na Casa Cor teve uma de suas paredes coberta por um papel impresso com o tema labirinto; uma empresa nacional de MDF se interessou em produzir, uma grande cadeia de lojas gostou do novo material e a meada foi se desenrolando…
A realidade efêmera das cenografias, principalmente no SPFW – baú de memórias e caixinhas mágicas de futuros -, são espetáculos que nos enriquecem muito mais do que os próprios desfiles. Parece que o mundo e seus zilhões de símbolos se abrem à disposição do criador. Basta lembrar as concepções do arquiteto para os lounges da Fiat, Oxford, Melissa, Diesel, entre outras marcas de prestígio, que recepcionaram seus convidados em ambientações de uma brasilidade plena de surpresas.
Mas que Rosenbaum realmente sonha é desenhar o móvel popular, barato, durável, na proporção certa para o tamanho das casas… e bonito! Não com os padrões de beleza do “fino e chic”, mas aquelebonito singelo, talvez bem colorido, talvezx cheio de brilho – ou não. Nada de estétic imposta, mas, sim, assimilada. Um móvel capaz de tocar o coração.

teste7

teste8

teste91

Publicidade

notícia: casa claudia, setembro 08

 

linha brasil para a oxford

MARACATU
“Com seu rico manto bordado, o Caboclo-de-Lança é a figura mais emblemática do Maracatu Rural ou de Baque Solto, da Zona da Mata pernambucana. Encanta pela beleza colorida, óculos escuros, flor entre os dentes. Seu transe é alimentado por quinze dias de abstinência sexual e doses de cachaça com pólvora. É o Guerreiro de Ogum e carrega nas costas, sob a vestimenta sagrada, os chocalhos que marcam o ritmo eufórico da dança entre os versos entoados pelo Mestre.” 

maracatu

maracatu21
IEMANJÁ
“Sereia, Princesa do Mar, Janaína, Inaê, Dandalunda, Nossa Senhora das Candeias… É a protetora das viagens e dos amores. O mar é sua eterna morada e para onde leva os amantes. Ela gosta de perfumes, rosas, colares, pentes e tudo o que é elegante e feminino. Sábado é seu dia. Azul e branco, suas cores. Deusa marinha como Afrodite, deu à luz as estrelas, as nuvens e os orixás. De seu ventre nasceram Xangô, Oiá, Ogum, Ossaim, Obaluê e os Ibejis. Ela é mãe. A Mãe D’Água.”

iemanjaiemanja2
CARROCERIA DE CAMINHÃO
“Com as carrocerias pintadas de motivos que lembram grafismos indígenas, os caminhões cruzam o Brasil transportando, além de cargas pesadas, vidas cheias de sonhos. São as moradias de homens que, cansados de um amor em cada porto, ao contrário dos marinheiros dos romances e folhetins, agora viajam com toda a família a bordo.Transitam pelas BRs sem endereço fixo e transformam os postos de gasolina em hotéis. Seu verdadeiro luxo: poder amar sobre quatro rodas.”

carroceria1carroceria2
CHITA
“Se a cultura popular tivesse um sudário, seria a chita. Tecido ordinário, de algodão, estampado, colorido, traz impresso o jeito simples de viver do Brasil. Veste as donzelas nas festas juninas, alegra os bonecos de Olinda, dá vida à saia do Bumba-Meu-Boi, adocica a virilidade dos cavaleiros do Divino, decora a toalha de mesa, envolve a almofada da renda de bilro, deixa mais feliz o colchão e a colcha da cama do sertão. Diz que veio das Índias, mas seu RG é bem brasileiro.”

chita1

chita2

RENDA
“Olê muié rendera, olé muié rendá, tu me ensina a fazê renda, que eu te ensino a namorá…” Os versos que já embalaram tantos amores traduzem a poesia das mãos que fazem a renda Renascença. Tudo começa com o risco dos arabescos. Depois, a trama de linha, como galhos e espinhos da caatinga, une tudo em pontos chamados de abacaxi, besouro, flor,caramujo, arroz, pipoca, balaio, amor… E assim são tecidos os romances sob o ouro da luz da lamparina.”

 
Textos de Jackson Araujo

 

renda

notícia: web

04/08/2008 – 13h42

Louças ganham personalidade com assinatura de designers, estilistas e arquitetos

CHRIS CAMPOS
Colaboração para o UOL

Divulgaçãochita2Aparelho de jantar e chá Chita, da Oxford, com assinatura do arquiteto Marcelo Rosenbaum

No tempo das nossas avós, louça de grife era louça cara. Jogos com muito mais do que 30 peças, certificado de procedência (de preferência europeu), com bordas douradas, relevos e outras firulas do gênero. Tudo muito chique, de fato. Mas os anos se passaram e louça de grife, hoje, implica em peças assinadas por grandes estilistas, arquitetos e designers renomados. Afinal, ser fino hoje em dia tem muito mais a ver com peças que representem seu estilo (ou do seu estilista ou designer favorito) do que com ostentação ou conservadorismos que faziam mais sentido antigamente.

O que estimula fabricantes de porcelana e consumidores a investir na louça da casa diferenciada pela assinatura famosa é justamente a busca por um estilo. Aqui no Brasil, a Tok & Stok e a Oxford são duas das empresas que seguem essa trilha. A primeira elegeu Alexandre Herchcovitch para batizar uma linha de canecas com desenho de caveira (marca registrada do estilista) e também uma outra de utilitários – que esteve à venda por tempo limitado. Já a Oxford apostou no talento do arquiteto Marcelo Rosenbaum – que colocou seu nome em pelo menos cinco linhas da marca.

Lá fora, Calvin Klein já criou peças para a loja de departamentos norte-americana Macy’s. Kenzo assina jogos de pratos que já nasceram com ar de objeto de colecionador. As estampas exuberantes de Versace estão em vasos, pratos e baixelas. A francesa Cacharel também dá o ar da graça em pratinhos de porcelana com estampa delicada. Até o designer Philippe Starck integra o time dos criadores de louças bacanas. É dele uma xícara de chá gigante com acabamento dourado e que não poderia ter mais a cara de seu trabalho.

São peças diferenciadas, para um público diferenciado – que entende o luxo como algo que vai além do preço ou do design tradicional. O conceito e o ar contemporâneo é o que valem. Não que as peças sejam baratas…. Assinatura, seja ela qual for, sempre tem seu valor. Um pratinho Versace, por exemplo, pode custar por aqui, tranquilamente, mais de R$ 100 – valor de jogos de louça mais simples e sem o peso de uma grife embutido no valor. Fora do Brasil, o peso da marca também inflaciona a conta. Um jogo de cinco peças com assinatura Calvin Klein, vendido na Macy’s não sai por menos de U$ 100.

Mas há opções mais singelas e não menos interessantes em território nacional. Com cerca de R$ 300 você leva para casa um jogo de 42 peças da Oxford by Marcelo Rosenbaum. As peças da Tok & Stok tem preços igualmente “amigos”. Agora, para chamar de seu um vasinho de porcelana Versace você deve estar preparado psicologicamente para gastar mais de R$ 1.000…

Ao lado, você confere um garimpo de louças assinadas que podem ser encontradas no Brasil e outras que, por enquanto, ficam como sugestão de compra para suas próximas viagens.

Chris Campos é jornalista, editora do site Casa da Chris