04/08/2008 – 13h42
Louças ganham personalidade com assinatura de designers, estilistas e arquitetos
Colaboração para o UOL
Divulgação |
No tempo das nossas avós, louça de grife era louça cara. Jogos com muito mais do que 30 peças, certificado de procedência (de preferência europeu), com bordas douradas, relevos e outras firulas do gênero. Tudo muito chique, de fato. Mas os anos se passaram e louça de grife, hoje, implica em peças assinadas por grandes estilistas, arquitetos e designers renomados. Afinal, ser fino hoje em dia tem muito mais a ver com peças que representem seu estilo (ou do seu estilista ou designer favorito) do que com ostentação ou conservadorismos que faziam mais sentido antigamente.
O que estimula fabricantes de porcelana e consumidores a investir na louça da casa diferenciada pela assinatura famosa é justamente a busca por um estilo. Aqui no Brasil, a Tok & Stok e a Oxford são duas das empresas que seguem essa trilha. A primeira elegeu Alexandre Herchcovitch para batizar uma linha de canecas com desenho de caveira (marca registrada do estilista) e também uma outra de utilitários – que esteve à venda por tempo limitado. Já a Oxford apostou no talento do arquiteto Marcelo Rosenbaum – que colocou seu nome em pelo menos cinco linhas da marca.
Lá fora, Calvin Klein já criou peças para a loja de departamentos norte-americana Macy’s. Kenzo assina jogos de pratos que já nasceram com ar de objeto de colecionador. As estampas exuberantes de Versace estão em vasos, pratos e baixelas. A francesa Cacharel também dá o ar da graça em pratinhos de porcelana com estampa delicada. Até o designer Philippe Starck integra o time dos criadores de louças bacanas. É dele uma xícara de chá gigante com acabamento dourado e que não poderia ter mais a cara de seu trabalho.
São peças diferenciadas, para um público diferenciado – que entende o luxo como algo que vai além do preço ou do design tradicional. O conceito e o ar contemporâneo é o que valem. Não que as peças sejam baratas…. Assinatura, seja ela qual for, sempre tem seu valor. Um pratinho Versace, por exemplo, pode custar por aqui, tranquilamente, mais de R$ 100 – valor de jogos de louça mais simples e sem o peso de uma grife embutido no valor. Fora do Brasil, o peso da marca também inflaciona a conta. Um jogo de cinco peças com assinatura Calvin Klein, vendido na Macy’s não sai por menos de U$ 100.
Mas há opções mais singelas e não menos interessantes em território nacional. Com cerca de R$ 300 você leva para casa um jogo de 42 peças da Oxford by Marcelo Rosenbaum. As peças da Tok & Stok tem preços igualmente “amigos”. Agora, para chamar de seu um vasinho de porcelana Versace você deve estar preparado psicologicamente para gastar mais de R$ 1.000…
Ao lado, você confere um garimpo de louças assinadas que podem ser encontradas no Brasil e outras que, por enquanto, ficam como sugestão de compra para suas próximas viagens.
Chris Campos é jornalista, editora do site Casa da Chris