Arquivo do mês: agosto 2009

visita ao mestre j. borges

J.BORGES, ou José Francisco Borges. É dos mais importantes artistas populares do Brasil. Nascido em Bezerros, interior de Pernambuco, em 1935,  já foi vendedor de jogo do bicho, adepto da quiromancia, pedreiro, pintor. Foi vendedor de cordel, ou folheteiro como também se usa chamar,  até que a partir de 1964, passou a dedicar-se integralmente ( e como toda a sua genialidade!)  à atividade de xilogravador e poeta popular. Participou de exposições  na França, Alemanha, Suíça, Itália, Venezuela e Cuba. Recebeu vários prêmios importantes, entre eles o Prêmio Cultura promovido pela Unesco e a Medalha de Honra ao Mérito, do Ministério da Cultura.

j borges

Até os 12 anos de idade, o garoto J.Borges ainda não sabia ler, mas já sabia decor o texto do Romance do Pavão Misterioso – folheto de cordel dos mais populares da época. E dos tempos de vendedor de cordel é que vem o conselho: “O vendedor de cordel tem que completar as histórias com piadas e fazer comentários enquanto lê o poema. Precisa também fazer as trancas, superando a narrativa nas horas certas, e deixar as histórias no ar..”

Em 1972, o escritor paraibano Ariano Suassuna ficou encantado com a riqueza das imagens que Borges produzia para as capas de cordel, fez questão de  conhecê-lo, e apontou o artista como um dos mais inventivos criadores da arte popular nordestina. A amizade dos dois e a projeção de J.Borges não pararam nunca mais.

Marcelo, de passagem por Pernambuco, visitou a oficina de Borges em Bezerros, onde ele continua na ativa, trabalhando com alguns dos filhos – ao todo são 18, de três casamentos… Até o mais jovem, o Bocaro de 10 anos de idade, já exibe o gosto pela arte e a marca do talento do pai.

atelie 1

No muro, o desenho original de uma de suas xilogravuras mais conhecidas: O MONSTRO DO SERTÃO.

o monstro

monstro-do-sertao

E outros trabalhos de J. Borges que correm o mundo, tão populares e internacionais.

Cobra-cor

O-aniversario-do-macacoIemanja

OsPescadores

violeiros

E um dos seus cordeis mais vendidos:

cordel-mais-vendido

do rosto da poesia

eu tirei um santo véu

e pedi  licença a ela

pra tirar o chapéu

e escrever A CHEGADA

DA PROSTITUTA NO CÉU

 

sabemos que a prostituta

é também um ser humano

que por  uma iludição

fraqueza ou desengano

o seu viver volúvel

sempre abraçado ao engano

 

aconteceu que uma delas

morreu em certo dia

e pela vida levada,

o povo sempre dizia

ela foi para o inferno

pelos atos que fazia

(…segue)

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banco-cesto

Segundo o Dicionário do Artesanato Indígena de Berta G. Ribeiro, cestaria é o conjunto de objetos – cestos-recipientes, cestos-coadores, cestos-cargueiros, armadilhas de pesca e outros -, obtidos pelo trançado de elementos vegetais flexíveis ou semi-rígidos usados para transporte de carga, armazenagem, receptáculo, tamis ou coador. Variam em tamanho, forma, decoração, técnica de manufatura, mas obedecem basicamente às exigências ditadas por sua funcionalidade.

trama

E um dos aspectos mais interessantes é que a cestaria produzida por uma determinada sociedade indígena está diretamente relacionada à cultura daquela sociedade. Os cestos que o povo Wayana produz  no Pará têm características diferentes dos que os Guaranis tramam no Rio de Janeiro ou os Tupis no sul do país.

Foi inspirados nessa tradição indígena que une beleza e função, que criamos o BANCO-CESTO. Ele tem 50cm de diâmetro e 38cm de altura, estrutura tubular em ferro soldado, é trançado com cordas  tipo PP (polipropileno) colorida, linha tropical – aquelas muito comuns em barcos.

varios_bom

Originalmente feitos para o lounge do WGSN, na SPFW de junho desse ano, os bancos ganharam asas rapidinho, e muito em breve estarão à venda na Conceito Firmacasa, produzidos pela GS Fibras Naturais.

expo

Aqui ele aparece em versão azul no espaço que montamos na House & Gift Fair.

banco_casa_e_jardim

E aqui no apartamento fotografado pela Casa & Jardim.

ROSENBAUM RESPONDE – bate-pronto!

O Lar Doce Lar 32 que passou nesse sábado foi um dos que mais comentários recebeu aqui no blog. Então, vai lá, de bate-pronto, o que todo mundo quer mais saber sobre a casa da família Sanches:

O papel de parede do quarto do casal, qual é? É da Coleção Grafismo, Rosenbaum® para Bobinex, Linha Mata, padrão Folha, referência 1816.

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O lustre da sala é da Tok & Stok? Sim, é o lustre Barrock Tok Stok , de vidro e miçangas, cor branco – incolor.

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Que telha foi utilizada? A Gravicolor cor café da Brasilit.

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E o banheiro azul (um dos grandes hits da vez!), que pastilhas são aquelas? Criamos essa paginação especial com as pastilhas Jatobá 5X5cm, azul Viscaya JD 4810, azul Copacabana JD 1816 e azul Alaska JD 4100.

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Como foi feita a pintura arte da sala? Foi feita com stencil (que é aquela técnica que se pinta sobre um molde vazado que pode ser feito até em papelão), com Spray Multiuso da Suvinil Marrom.

composição que usamos na parede da sala

pinturaarteSALA

arte do stencil, que é um desenho nosso inspirado nas Carrocerias de Caminhão

pinturaarteSALA2

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E o restauro do bercinho do Samuel? Primeiro precisa lixar a madeira até ficar fosca, limpar bem o pó e aí sim aplicar o spray, em movimentos uniformes, a uma distância de uns 25cm da superfície.

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Que tinta foi usada no berço? É o Spray Multiuso, da Suvinil, cor azul bebê – dá pra ver a cor na tampa da lata.

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Como foram feitas as nuvens do quarto do Samuel? Nós desenhamos nuvens, de formas irregulares, em pedaços de papéis de parede diferentes, com motivos infantis, e aplicamos na parede pintada de azul.

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lar doce lar 32 – família sanches

antes_fachada

antes_1

antes_2

ANTES

DEPOIS

fachada

sala

churrasqueira

cozinha

quarto_1

quarto_casal

sala_parede

salao_1

amanhã tem lar doce lar!

sanchez_convite