Arquivo do dia: novembro 7, 2008

notícias: diário do nordeste – fortaleza

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mais imagens da casa de barragán

Já que o Marcelo não conseguiu fotografar, para matar a vontade de mostrar mais sobre a casa de Barragán, estas imagens são do livro Barragán The Complete Works.

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marcelo no méxico: casa do barragán

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Ontem fomos visitar a casa que don Luis Barragán projetou para ele mesmo- sempre dá essa curiosidade de conhecer… A casa fica num bairro bem popular da cidade, e assim foi escolhido intencionalmente. Barragán era devoto ardoroso de São Francisco de Assis. A casa tem uma estrutura de um monastério, onde dá pra perceber que cada entrada de luz, cada cor, foi minuciosamente estudada por ele. É bastante impressionante, cada ambiente que se entra é uma experiência diferente de formas, cores e luz. Já a fachada é horrivel (!), isso para não ostentar e valorizar o interior da casa. Assim Barragán pensava a sua vida… Todos os móveis foram desenhados por ele, absolutamente simples, iguais e repetidos em todos os ambientes. Pátios, aberturas e cores: tudo muito pensado e estudado como uma escultura de formas e proporções exatas. Infelizmente não se pode fotografar. Mas a imagem e a energia da casa não me sai da cabeça.

marcelo no méxico: work in progress

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marcelo no méxico: é hoje

Ok, Jackson: é hoje que os maracatus luchadores entrarão em cena… 

 Dentro da pesquisa sobre o corpo, espaço e arquitetura, um texto do diário de Oskar Schlemmer (1888-1943), artista da Escola Bauhaus, tem nos envolvido de inspiração. Vale reproduzir aqui:

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“A receita pela qual se norteia o teatro da Bauhaus é muito simples:que a gente seja tão descomprometido quanto possivel; que a gente se aproxime das coisas como se o mundo tivesse acabado de ser criado; que a gente não reflita determinada coisa até a destruição e sim que a gente conserve, livre, permitindo seu desdobramento. Que a gente seja simples, mas não pobre (“a simplicidade é uma grande palavra”), que a gente prefira ser primitivo a ser vaidoso, complicado e inchado; que a gente não seja sentimental, mas que a gente em vez de sê-lo, tenha espírito. Com isto está dito tudo como não está dito nada! Mais que a gente parta do elementar. E o que quer dizer isto? Que a gente parta do plano, da linha, da superfície simples, e que a gente parta da simples composição de superficies: a partir do corpo. Que a gente das cores simples como são: branco, cinza, vermelho, azul, amarelo e preto. Que a gente parta do material. Descubra as diferenças de tecido dos materiais como vidro, metal, madeira, e assim por diante, assimilando-o interiormente. Que a gente parta do espaco, da sua lei e do seu segredo, deixando-se “enfeitiçar” por ele. Com isto, novamente, está dito muito e não é dito nada, até o momento que estes conceitos tenham sido sentidos e preenchidos. Que a gente parta da situação do corpo do ser,, do estar em pé, do caminhar e somente no fim do saltar e do dançar. Porque o dar um passo representa um importante acontecimento:e nada menos do que isto  levantar uma mão, mexer um dedo. Que a gente tenha tanto respeito quanto consideracão diante de cada ação do corpo humano, de vez que no palco se manifesta este mundo especial da vida, do aparecer, esta segunda realidade na qual tudo esta circundado pelo brilho do mágico.”

(oskar schlemmer, diário maio de 1929)